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segunda-feira, 28 de julho de 2008

Razões para não casar

É pá, pronto, desculpem lá o post anterior. prometo não voltar a armar-me ao pingarelho intelectual outra vez. Vamos lá ajavardar!

Há muitas razões para ainda não estar casado.Por exemplo: não tenho dinheiro. Um casamento custa o mesmo que um carro, e a mim um carro dá-me mais jeito do que encher o cu a labrujas que vejo uma vez por ano e que só iriam aparecer mesmo para me foderam a tábua de qeijos. Por isso quando tiver dinheiro compro um carro, vão comer queijo p'ró c*ralho. Depois, ainda não conheci a "Mrs. Right" que me ature, 7 dias por semana, 30 dias por mês, 12 meses por ano, até ao resto da minha vida... Ou até um ou outro perceber que "aquilo" com que acorda no dia seguinte afinal é uma outra cena qualquer e o que quer é voltar para a casa da mamã. Ou por outra razão qualuqer.

Descobri há dias, numa epifânia futurulogista, que há ainda uma razão obscura, escondida dos horizontes adivinhatórios dos mais incautos dos casais.

Ainda estou na casa baixa dos trintas, por isso a perspectiva de sexo com fartura ainda ocupa e vicia o horizonte do casamento. Eu como homem não tenho problemas de líbido. No dia que o não conseguir levantar, vai Viagra. Uma vez perguntaram-me como me imaginaria aos 50 anos. Resposta imediata: Bêbedo, gordo, careca e a Viagra. Uma espécie de Charles Bukowsky tuga. Aí está algo a almejar. Ora o Charles Bukowsky nunca casou. era um poeta que ganhava a vida a poetizar e tudo o que é crica de todas as cores e idades lhe passou pelas beiças. Estrela da literatura alternativa como era nunca teve que imaginar como seria a sua vida monogâmica. Senão teria de contemplar o seguinte:

Ao fim de dez anos de tédio do casamento, se a mulher engordou e fartou-se da vida, mas nós, vá-se lá saber porque razão sádica de cupido, ainda gostamos dela o suficiente para a aturar, digamos que há a possibilidade das vida sexual não ser a mesma que era quando se entrou com o tesão todo na vida conjugal.

Isto porque se ao homem lhe basta conseguir levantar o mastro e ter um par de mamas, a mulher entra numa onda depressiva se por alguma razão não se consegue excitar...

Uma pausa. Antes que comece para aí o mulherio com a observação labrega de "ah e tal se fizesses o teu trabalho" Pára. Não é isso de que estou a falar. Estou a falar de quando se chega à noite e se tem o sequinte diálogo, quando a mulher, farta de trabalhar,. farta da vida, dos filhos e do marido está deitada com a cabeça cheia de comprimidos.

-Bébé, vamos dar uma?"
-Ai não que não me apetece, diverte-te tu.
- Então, sexo oral...
- Ai tou cheia de aftas...
-Então, dá-me o cuzinho...
- Tenho as hemerróidas inchadas...
-Chiça, o teu cu é como o dinheiro, uma merda que se tem mas não se dá...Então ao menos deixa-me fazer-te sexo oral a ti...
- Aiii, dói-me a verruga...
-F*-da-se... Olha, tenho aqui um gel, toca-me tu ao bicho que ando há 4 semanas nisto e já tou farto
-Ai, tenho as articulaões doridas de enfiar cabos em autoradios..
-(Ou de tocares ao bicho ao patrão...)
And so on, and so on

Ora a epifânia que se me deu teve a forma de um futuro, onde se tem um barco em casa e não se pode navegar.

Ora quando se é solteiro e se anda pelo país a "espalhar a semente" dificilmente se vislubram futuros assim. Quando nos apaixonamos por alguém muito menos. Mas o síndrome do PDI toca a todos.


O que vale é que a epifânia depressa passou e a ilusão de um futuro de casado como uma aventura sexual constante voltou a toldar-me as previsões.

Bem hajam...

5 comentários:

  1. Adorei a leitura! Arrancou-me umas boas gargalhadas! Mas qdo encontrares a "gaja certa" quero ver se consegues ainda assim fugir ao inevitável!!! Beijos!

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  2. Este comentário foi removido pelo autor.

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  3. Gostei da imagem do ter um barco em casa e não poder navegar;-)
    E das portas para fora um mar imenso...não é?
    Beijos

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  4. Confesso que dei umas boas gargalhadas. Continua assim que estás no bom caminho :0)

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Estou-me nas tintas para a tua opinião...