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quinta-feira, 29 de maio de 2008

terça-feira, 27 de maio de 2008

A Cosmologia do Metal (évimecas p'ós amigos)

[Hoje é um blogue com um contexto específico por isso se não souberem quem, por exemplo, é o Shane Embury, dificilmente irão perceber a mensagem na sua totalidade, por isso siga]

Sou um évimécas. Daqueles ainda com cabelo comprido que vai para concertos de Testament abanar a gadelha e beber cerveja. Mas sou também um músico e um ouvinte eclético de outras variedades musicais. O que para parte da comunidade metálica é considerado uma blasfémia.

Como bom évimecas que sou ando por fóruns me metal e nos foruns de metal discute-se évimétal, em todas as suas formas. Como em todo o lado - mas exacerbado a contornos quase religiosos dado o contexto barroco e muito específico do heavy metal - há gostos e opiniões muito diferentes acerca do que é o Heavy Metal, do como deve ser tocado e ouvido. Discussões que muitas vezes ganham contornos violentos e ofensivos que se extremam em duas posições. De um lado o TRVE METAL, fãs intrasigentes que defendem que o metal morreu em 89 e ainda usam casacos de ganga sem mangas e patches de Destruction e Tankard. Do outro lado residem os míudos de 15 anos k axam que o metal é uma xena fixe e kurtem bué de Korn de Evanescence e extão bué kontentes de ir ver ox Metallica ao Rock In Rio e depois quando lhes digo que vou é ver é Iron Maiden, acham que Maiden "é bué pesado não é?" (e aqui tenho um princípio de aneurisma). Há depois o pessoal do Black Metal. Mas esses são um caso à parte e têm o bom senso de não entrar na discussão e de se manifestarem apenas quando alguém diz que Cradle of Filth são uma boa banda de Black Metal. (Tenho um tipo com corpse paint e pulseiras de picos atrás de mim pronto a rachar-me a cabeça com um machado viking).

A discussão gira normalmente em torno da evolução do estilo e de como a mistura e a introdução de elementos fora do metal clássico para uns veio desvirtuar o som e para outros, melhorá-lo. (Os putos de 15 anos aqui não entram na discussão pois não sabem o significado de desvirtuar e acham estranho um estar um "S" a seguir a uma vogal, antes de uma consoante)

Se houvesse um pingo de bom senso entre as pessoas esta discussão não se aplicava. O problema é que antes de ouvirem metal as pessoas são pessoas. E bom senso é coisa que não existe entre as pessoas. Muito menos entre pessoal que vive ainda nos anos 80 e míudos de 15 anos. Adiante

Assim como qualquer forma de arte - e o metal como género musical é uma forma de arte - o metal é produto da mutável orgânica do ser humano, que já de si é a única espécie animal que se procura a si própria através de exteriorizações estéticas do tumulto que é essa procura do si. Exemplo: um cão para ser cão ladra e lambe os tomates. O homem para se executar a si próprio executa uma infinidade de tarefas, entre elas a arte, dentro da arte a música, dentro da música, o metal. Esta é, ou devia ser, a génese do metal que não foge à das outras obras de arte.

Mas o que falha a toda esta gente é não perceberem a verdadeira génese do Som Sagrado. Aqui fica ela, revelada numa epifânia que me surgiu entre a leitura do Correio da Manhã e a audição do "Armageddon Death Squad" dos Impaled Nazarene:

Quando os Deuses fizeram o Heavy Metal e viram que era bom, deram o metal ao Homem para que este usufruísse dele. Mas exigiram ao Homem que o homem não tocasse no fruto da árvore da diversidade. "Não misturarás estilos" Disseram os deuses. Mas como o bicho homem tem aquela mania parva de fazer o contrário do que os Deuses lhe mandam, (Adão, Prometeu, Ícaro, ninguém manda neles caralho!) não durou muito tempo que os homens que usavam o metal fossem ao fruto da árvore da criatividade e da diversidade:
"Ora bolas, então se se fez o mesmo com a pintura, escultura, outros estilos musicais, então porque não fazer o mesmo ao metal? Se os Deuses criaram o Metal para nós usarmos quem raio agora são os Deuses para nos dizer como o usar? Não o criassem, olha que foda-se... Estávamos tão bem com o Artur Garcia e o António Calvário..." Terá pensado um dos homens a quem foi oferecido o metal

Eis que então o metal passou a tomar muitas formas e os Deuses zangaram-se e excomungaram aqueles que ousaram blasfemar contra a bondade do metal. Os que permaneceram fiéis e imaculados puderam ficar no Paraíso do Metal Original. Desse dia do Pecado Original os restantes formaram diversas Babilónias do metal por todo o planeta, conspurcando o Som Sagrado. Há hoje muitos habitantes dessas Babilónias que acham que o Metal que ouvem nasceu delas e não conhecem a Verdade sobre o Metal.

Mas o Messias chegará um dia, para salvar a humanidade, e trará cuecas de cabedal.

quarta-feira, 14 de maio de 2008

Deus a morrer de Tédio no Paraíso

Recupero hoje um blog antigo... Por tédio...


Nos meus tempos saudosos, e fugazes também, de escriba e desenhista no DN jovem - dois trabalhos publicados, um verdadeiro portento criativo... - apreciava particularmente as banda desenhadas que alguns alucinados autores, em momentos de pura gastroentrite imaginativa, se lembravam de enviar para publicação. Ficou-me marcada uma história em particular acerca da criação do mundo. Esta cosmologia alternativa tinha como protagonista a inevitável dicotomia Deus/Satanás. Escuso de pormenorizar as referências intestinais desta cosmologia pois dando asas à imaginação é fácil concluir o que terá saído de 7 dias de prisão de ventre do senhor supremo do mal.
O blog de hoje não é no entanto acerca de nenhuma cosmologia.Embora não ande longe. Falemos antes de génese. Dessa história em BD o que retenho para o blog de hoje é a frase introdutória. O autor coloca as seguintes palavras do narrador a ilustrar no primeiro quadrado um Deus antropomórfico sentado com o cotovelo no joelho e com a mão a segurar a cabeça pendida:

"Estava Deus a morrer de tédio no Paraíso..."

Puro tédio, na sua asserção possibilitante mais pura. Considerando Deus na sua trilogia exclusiva de Omnipotência, Omnipresença e Omnisciência, Deus será também capaz de Tédio. É que, numa tentativa de compreensão da génese de algumas figuras a que, pela sua semelhança estética e comportamental básica - comer, dormir, andar, articular vocábulos - , se usam chamar de Humanos, esbarro por vezes com a parede do absurdo. É que, por mais radical que seja um movimento de fé, admitindo todas as acções de Deus com um sentido que só se acha através desse movimento, a nossa compreensão, finita e necessariamente limitada de seres mortais que somos, quimérica e patológica vontade de cabimentar sentido através de um nexo causal entranhado na nossa gramática do quotidiano, tende sempre a procurar uma razão das coisas. Para além da Fé. Assim sendo, dentro da horde de figuras que decoram o nosso quotidiano público há aquelas cuja origem só pode ter surgido de um movimento de Tédio divino...
Deus, não tinha mais nada para fazer, e decidiu, estando infinitamente aborrecido no seu Ser infinito, bafejar com a dádiva da vida, essas figuras.

É que não consigo perceber a existência de algumas, por agora chamemos-lhe assim, pessoas, a não ser como sub-produtos de um movimento de profundo aborrecimento divino.
Se quisermos desencantar uma tipificação para estas criaturas, algo pomposo, podemos chamar-lhes de Refugos do Tédio Divino. A termo meramente exemplificativo, vejamos o caso do grupo de pessoas, pois a génese não se aplica apenas a individuos mas também a conjuntos de individuos, admitindo as categorias aristotélicas, a que no nosso quotidiano português costumam denominar de dirigentes desportivos.

Que outro nexo causal conseguimos deduzir da existência de figuras como o Valentim Loureiro ou Luís Filipe Vieira - o Pinto da Costa é causa sui, não entra portanto nesta categoria - senão aquele que retorna ao motor primeiro do Tédio Divino? Deus, certamente motivado pela pasmaceira da eternidade, farto de ver o Homem a aniquilar-se por tudo e por nada, num puro movimento de despeito entediado, *paff* dá a Vida ao dirigente desportivo Dias da Cunha, que empregnado pelo absurdo existencial que é inerente à sua génese, se revela a triste figura que se arrastava nos diários desportivos e programas de comentários de futebol nas nossas televisões, surgindo de vez em quando à tona da água como aconteceu no programa da Fátima Campos Ferreira.

Mas o mesmo podíamos dizer de Reinaldo Teles, Pimenta Machado ou Hermínio. Mas estamos apenas na categoria dos dirigentes desportivos, que em si já são, enquanto conjunto, um produto de Tédio Divino. O mesmo aplicar-se-á a outras figuras e categorias. Temos muitos outros exemplos de existências bafejadas pelo aborrecimento de Deus... José Castelo Branco, Paulo Portas, Santana Lopes, Ribaus Esteves ou o saudoso Carlos Carvalhas - este fruto de um aborrecimento inofensivo - ou então a Filosofia Analítica ou as intervenções políticas dos dirigentes femininos do Bloco de Esquerda, etc, etc.

Por sua vez nem todo o movimento de Tédio é semelhante. Por vezes Deus está apenas ligeiramente aborrecido e ainda há um vislumbre de sentido na existência de um ou outro personagem, outras vezes o grau de Tédio é maior... Mas há vezes em que o Tédio é profundo... Extremamente profundo. Há figuras que só podem ter sido fruto de um movimento provocado por um Tédio tal que o absurdo da sua existência faz mossa no próprio Deus. Um momento de Tédio tal, uma redução a um nada tão absoluto, tão vindo das profundezas do Absurdo, que nem no momento da génese desse ser se conseguia vislumbrar o quão vazio de sentido se iria mostrar no auge da sua presença enquanto ser corporizado.

Hoje, mais do que nunca, eis a aberração exemplar do Refugo de Tédio Divino...



sexta-feira, 9 de maio de 2008

A Teoria do Caos e o Apocalipse

A teoria do caos trazida até ao quotidiano.

A Teoria do Caos é um aldrabice inventada por um matemático que não leu Heidegger e sem saber o que fazer ao tédio decidiu que qualquer acontecimento no planeta pode influenciar outro exponencialmente. Ou seja, se uma borboleta bate as asas no Pragal acontece um ciclone no Arkansas (e o comboio da Fertagus chega atrasado a Coina). Basicamente é a extrapolação de algumas implicações da teoria do determinismo Leibniziano, elevada à matemática pura (coisa que o Gottfried despacha num parágrafo do Discurso da Metafísica com César e o Rubicão).

No entanto uma cadeia de pequenos eventos que me têm estado a acontecer desde manhã levam-me a ponderar acerca dos efeitos exponenciais destas, à partida insignificantes, alterações à rotina.

O quotidiano é formatado por horários que são mais ou menos cumpridos à risca pela massa humana. Esse enformamento cronológico leva a repetições que se transformam em padrões reconhecíveis ao fim de determinado período. Ou seja, se determinado grupo de pessoas entra à mesma hora no emprego, apanhará o mesmo comboio. Se sai na mesma estação, tenderá a ficar na mesma carruagem, se se dirige à mesma saída ficará ao pé da mesma porta. Nestes padrões conseguimos cabimentar hábitos e há pessoas que ao fim de uns meses, a conviver diariamente com essa rotina, passamos a reconhecer.

É por isso que todos os dias vemos na carruagem, num pastiche às descrições do Saramago, "O tipo de óculos escuros que dorme de boca aberta no banco da frente", a "Estudante loira engraçadinha de óculos vermelhos que ouve música num NOKIA N70", "o casal de fato em que a mulher engordou como uma vaca", etc, etc.

Para além da decoração de gosto duvidoso das estações de comboio e da vista do rio, da ponte, são estes hábitos quotidianos enformados de pessoas que fazem parte da nossa paisagem diária. Ao fim de um ano habituamo-nos a levá-las como certas e constantes...

Até um dia.

Hoje, ao fim de treze meses, o tipo de óculos escuros que se esparramava no banco da frente a dormir, vinha a ler. A loirinha, que usava sempre o cabelo solto, vinha de rabo de cavalo. A empregada do quiosque onde compro o jornal hoje não trazia soutien e notavam-se os mamilos no top branco.

Esta alteração de eventos, se se confirmar a teoria do caos, estará a causar um efeito borboleta pelo globo fora, crescendo exponencialmente a todas as condições de possibilidade de eventos, trágicos ou não.

São apenas 10 da manhã. Se chegar à hora de jantar e o Ribau Esteves estiver numa conferência de imprensa do PSD de calças de ganga em vez daqueles fatos de poliéster comprados nos ciganos que ele costuma usar, temo que amanhã chovam gafanhotos e os rios se encham de sangue...

Bem hajam.

segunda-feira, 5 de maio de 2008

Para uma fenomenologia da leitura quotidiana

Os hábitos de leitura diários do português: Jornais, revistas e demais pasquins. Para uma fenomenologia dos periódicos no dia a dia do tuga trabalhador.
(Mais uma "daquelas" análises longas, desfrutem, ou então não )

As vicissitudes de uma educação/doutrinação nas artes obscuras da análise arbitrária levam a que um homem, quando deixa de se dedicar exclusivamente a cogitações efémeras para passar a diluir-se no dia-a-dia calendarizado nos minutos apertados do relógio de ponto, ao achar-se livre da pressão dos horários, nos escassos momentos em que não tem outro remédio senão esperar que chegue o transporte para o levar ao seu local de trabalho, repare em pormenores que escaparão ao mais comum dos mortais. Não que estas observações fugazes sejam alguma espécie de poder sobrenatural, inalcançável aos não iniciados na Doutrina, mas serão mais aquilo que me impede de me homogeneizar completamente num quotidiano banal, cinzento, cronometrado.

Um dos rituais mais interessantes de se observar, algo que se repete desde os tempos imemoriais onde algum decreto divino decidiu juntar terminais de transportes com quiosques de revistas, é o enxame de gente que se acumula consecutivamente à frente dos jornais e revistas ali pendurados. Interessante por dois motivos.

Primeiro pelo movimento das massas. Nos terminais de transportes é quase obrigatória a paragem do utente pelo quiosque, para "ver as gordas". Nenhum dia de trabalho começa bem sem um café, um rissol e sem "ver as gordas". Analisam-se, nos dois minutos bem medidos que se para em frente às revistas enquanto o barco ou o comboio não chegam, todos os acontecimentos frescos do dia anterior. Vê-se o CM, o DN, o Público, o JN, a Capital, O Independente ou o Expresso se for mais ao fim da semana. Engolem-ser as últimas da Bola, do Record ou do Jogo. As mulheres olham para as capas da TV7 Dias, da Caras, da Nova Gente etc. No fim, depois do festim de letras e fotografias, o povão do enxame resolve-se apenas por duas soluções. O Correio da Manhã e A Bola. No entanto, depois de ser lido "as gordas" estes dois diários, que acabam por servir apenas de passatempo nos cerca de 45 minutos de média que o trasnporte leva a chegar ao local de trabalho, acabam por se finalizar em leitura de casa de banho ( tópico já aqui analisado ) ao fim do dia, lá em casa. Pasquins estes que começam a ceder o lugar à genial invenção que condensa todos eles em um só pasquim best off e gratuito que é o Destak, Meia Hora, Metro e afins que, para o efeito do assunto deste blog, valem o mesmo que os seus antecessores.

O outro lado interessante é também, agora afastando-nos do enxame do povão, olhar para as revistas e jornais em si. O relance pelos diários não traz nada de novo. Não foge muito à lista que já falei. Nem as chamadas revistas femininas ou masculinas, as de "grande informação", tipo Visão, ou as de pc's ou de "infotainment". Mas se já repararam a maior parte das revistas expostas não são as de maior procura. Há depois aquelas revistas de especialidades que um gajo fica sempre a pensar: "Quem é que compra esta merda?" E ela há de tudo. Revistas de tauromaquia, revistas de tunning, revistas sobre pássaros, revistas sobre engenharia mecânica, sobre agricultura, tractores, bebidas, etc. Depois há ainda os jornais brasileiros, russos, em inglês, mas que ainda assim se compreende. Em grande número são também as revistas "África". A minha questão é esta. Deve haver mesmo muita gente a comprar aquilo tendo em conta que todos os meses se renova o stock e as revistas não deixam de estar à venda. Afinal deve haver aí mais pessoas com interesses bastantes específicos que não se limitam a ler o 24Horas. Mas também é certo que essas não vão nos transportes públicos.

Ainda dentro das "revistas da especialidade" há a apontar a específicidade de alguns títulos e capas bem sugestivos. Como são edições limitadas a qualidade gráfica e editorial não é a melhor, muitas delas assemelhando-se, nos critérios editorias, com os cartazes de preços de algumas tascas portuguesas onde "à caracóles e imprial". Um que me chamou à atenção particularmente foi o título de uma revista dedicada à caça. Essa revista tinha o sugestivo título de "CALIBRE 12!. Numa revista de caça, título mais directo não pode haver. Só mesmo "Caçadeira". Ora o editor escolheu desta vez uma capa mais animada para fugir às habituais fotografias de codornizes e javalis em descampados. Nada melhor do que colocar nessa capa uma menina, bonita por sinal, em pose de caça. Mas desengane-se o mais punheteiro leitor se pensa que a menina estava em vestes menores. Não. Ostentava umas calças e um colete de camuflado, uma boina à Alentejana e uma caçadeira das grandes ao ombro. Não deixando de sorrir sensualmente para a câmara. Ora o que esta revista nos diz é que o caçador não é panasca mas o que curte mesmo é caçadeiras. Assim, escusa de comprar a Playboy e ainda se pode masturbar com o último modelo da Remington de repetição e respectivos cartuchos de calibre doze...

Outro dos grandes mistérios dos hábitos de leitura do português em transporte público é ainda o facto de serem as mulheres as maiores leitoras nos autocarros e nos comboios. A isso se deverá o facto de o Correio da Manhã ou o Record se lerem num instante, e a Maria ou a Tv 7 dias trazerem um pouco mais de material para ler... Desisti de tentar perceber a razão quando hoje, ao olhar por cima do ombro de uma senhora que folheava uma revista de receitas culinárias, logo a seguir ao artigo "Béchamel: O grande aliado", depois de duas ou três receitas de bolos, aparece um artigo que se intitulava "Menopausa, suas razões e terapia" seguido por "Coelho com molho de alho"

Nesse momento tive o vislumbre de que as regras de sentido pelas quais o nosso quotidiano se rege assentam num ténue e frágil andaime de pura arbitrariedade. Heidegger chamar-lhe-ia Ansagen. Um anúncio, um chamamento de algo fora do quotidiano, de algo de primordial... Abanei a cabeça, abri o Record, pus o volume do meu leitor de mp3 no máximo para ouvir o mais alto possível os Mars Volta e deixei-me seguir viagem até a segurança familiar da minha sala...

Bem hajam.