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domingo, 8 de novembro de 2009

Aventuras no cinema português

Uma vez um colega meu disse-me com genuina admiração que ir ao cinema ver um filme do Manoel de Oliveira era como ir de peito aberto para a batalha, após ter adormecido a meio do monólogo do Luís Miguel Cintra no filme "O Quinto Império".

O cinema português vive da pasmaceira dos planos contemplativos de Manoel de Oliveira ou da competência estéril de diálogos minimalistas de Marco Martins. Falta coragem narrativa, faltam actores com escola para serem filmados e dirigidos, faltam argumentistas com tomates. Há no entanto realizadores limite que apostam tudo no risco cénico e fotográfico. João Pedro Rodrigues é um deles.

Com três dos mais magníficos planos alguma vez filmados por um realizador lusitano "Morrer como um homem", ao esgotar-se nesses três planos e resumir-se nesta sinopse:

"Um travesti com um filho militar desertor homossexual homicida de G-3 na mão e com o namorado toxicodependente a enforcar-se no quarto vai com um bando de travecas caçar gambozinos à meia noite numa floresta filmada a sépia. No fim o namorado toxicodependente suicida-se nu na praia a cantar Marco Paulo enquanto o traveca acaba a cantar uma fado vestido de plumas em cima de um jazigo no cemitério do alto de são joão a contemplar o seu próprio cadáver."

faz-me pensar que provavelmente o 2012 do Roland Ehmerich será mesmo um bom filme.

João Pedro Rodrigues gasta 5 minutos num plano a vermelho com 3 travestis, um homossexual toxicodependente e um gordo sem nome, imóveis numa floresta escura a ouvir Elton Jhon.

Roland Ehmerich atira com um portas aviões para cima da Casa Branca.

Entre o eterno síndrome da arte pela arte do artista incompreendido português e os devaneios apocalípticos de um holandês entediado eu escolho o porta aviões, se faz favor.

sexta-feira, 26 de junho de 2009

Wacko Jacko: O fim de um verniz

Michael Jackson morreu.

Ultimamente o nome veio à baila de novo por estar a preparar um regresso em grande aos palcos. O nome, que todos nós conhecemos por ser a super-estrela pop dos anos 80 e um mutante esquizóide com distúrbios de personalidade que passou de um preto com pinta e que sabia dançar para um pedaço de esqueleto com silicone e colagénio agarrado à cara, tinha agarrado a ele dois julgamentos por abuso sexual de menores.

Michael Jackson, desde que se retirou para o anonimato e as editoras discográficas o ostracizarem, construiu para si próprio uma espécie de rancho de fantasia, com o sugestivo nome de "Neverland" para onde convidava um sem número de criancinhas a usufruirem do seu reino de fantasia. Rumores que Jackson se deitava com míudos menores já indiciavam o que seria inevitável. Jackson foi formalmente acusado de pedofilia e livrou-se das acusações por acordos milionários nos bastidores da justiça.

Relativamente a esta parte mais negra, das duas uma, ou tínhamos ali um pedófilo de 45 anos (aquando do último julgamento em 2005) que molestava criancinhas ou um homem de 45 anos que acha perfeitamente natural deitar-se com miúdos e miúdas de 13 e 14 anos só porque lhes tinha um carinho enorme.

Acrescente-se que se se der o segundo caso é porque Jackson nunca saiu da sua adolescência (o que explica as operações, porque hoje em dia na MTV o que está a dar é ser preto e ter BMW's com mulatas mamalhudas a abanar o cagueiro nos videoclips, daí não se compreende o desejo de Jackson em ser branco) e pensava que é ainda era um puto de 14 anos a querer ter as experiências que nunca teve.

Entre um pedófilo de 45 anos e um adolescente de 14 com recalcamentos homossexuais mal resolvidos venha o terapeuta e escolha...

A questão aqui é esta. Jackson era um símbolo do verniz efémero do que foi, e ainda é, o mundo da música norte-americana, onde a construção de um mito é feita através de uma capa apoiada em alicerces que se podem desmoronar de um momento para o outro.

No mundo musical norte-americano dos anos 80 sempre se tentou contrabalançar essa capa de excessos com supostas campanhas de boas causas e solidariedade. Sempre se tentou, quando a música não valia mais do que a capa fina em que se embrulhava e disfarçava, fazer transpor a pouca validade da arte que presumia ser para uma suposta ética redentora.

Muita das atitudes do pop, M.J. incluído, eram de "A minha música não vale um caracol mas ao menos ando a alimentar 400 pretos no Biafra".

Valeu pelas crianças com fome que ajudaram a alimentar, ou a sobreviver apenas por mais uns meses, mas disso eles não falavam pois já tinham feito a sua parte, mas valia por pouco mais.

Por alguma razão acabaram os, tão em voga nos anos 80, concertos LIVE AID e campanhas musicais de solidariedade. Os feitos mais recentemente não tiveram o impacto mediático dessa altura.Michael Jackson que tantas campanhas fez pelas criancinhas do mundo acabou a sua carreira com acusações de pedofilia a pender-lhe sobre a cabeça como a espada de Démocles e cujos concertos agora marcados e já esgotados tentariam remover.

Estranha ironia ou apenas o revelar daquilo que deveria ser óbvio. A música é um valor só por si. Quando se tenta refugiar noutros valores que não nela própria é porque não tem valor suficiente para se chamar música ou para se intitular como arte, acabando em contradições irresolúveis...
Michael Jackson morreu. Para a História fica o álbum Thriller
, inigualável fenómenos de vendas cujo mérito reside única e exclusivamente num só homem: Quincy Jones, produtor genial que sabia como produzir sucessos. Sucessos cuja realidade não irá mais ser repetida. A morte de Michael Jackson simboliza também a morte de uma indústria que usava o verniz do efémero para eternizar a arte. Suprema contradição irresolúvel como hoje se percebe.

O verniz quando deixa de ser repintado estala, definha e morre. Reality has checked in.

Jim Morrison, a última das estrelas de rock honestas que a América do Norte e o mundo conheceram, disse um dia ao vivo:

"I just want to get my kicks before this all shit house goes up in flames"

And that's the only Rock I need!

Bem hajam...

quarta-feira, 4 de março de 2009

CHIBO DA PIDE

O português tem muitas qualidades.

Por exemplo: É um alcoólico oportunista corrupto iletrado que quando tem posições de chefia e gestão as usa para explorar e humilhar sem razão aqueles que lhes são hierarquicamente inferiores e superiores em decência e inteligência e usa os lucros das empresas ganhos à conta de baixos salários, maus produtos e despedimentos em massa para estoirar em BMW's para o filho cocainómano, colares de pérolas para a amante e antidepressívos para a esposa que o encorna por desporto.

Mas a sua qualidade mais característica é a chibaria. O português é essencialmente um chibo. Um misto de velha fissureira com padreco moralista e informador da PIDE a troco de cigarros.

O desporto favorito do português no tempo da outra senhora era chibar o vizinho à PIDE. Não porque o vizinho fosse um perigoso agitador do Partido Comunista, não porque ele planeasse atentar contra um cruzeiro de burgueses numa arriscada manobra de propaganda democrática mas porque simplesmente não gostava dele. Ou porque tinha uma televisão maior ou porque a filha era mais bonita. Por qualquer merda que lhe causasse uma moínha de inveja, lá estava o Saraiva a chibar o vizinho à PIDE.

Ora como das outras características do português, como já vimos aqui, é ser um corrupto iletrado (que parecia ser currículo obrigatório para se ser inspector da PIDE), o senhor PIDE recebia a informação do chibo que o vizinho tinha livros do Racine (historiador e dramaturgo francês do sec. XVII) em casa e, como Racine rima com Lenine, devia ser comunista.

Lá ia o pobre professor parar aos cadafalsos da António Maria Cardoso levar no focinho e ficar com o pescoço queimado de cigarros de cada vez que tentava explicar que o Jean Baptiste Racine nasceu 200 anos antes do Lénine. Enquanto isso o Partido Comunista mantinha uma rede subterrânea eficaz de edição e distribuição do jornal Avante, e assim foi ininterruptamente durante 70 anos.

Hoje no Diário de Notícias vem a notícia que os Serviços Secretos Britânicos impediram que Gastão Ferraz (este um chibo mais bem acabado) de se chibar ao Hitler acerca da invasão do Norte de África, operação fundamental que iniciou a reconquista da Europa. O tuga Gastão ganhava a vida a bufar-se aos Nazis e é hoje notícia internacional por ser mais um português característico: um chibo.

Passados estes anos desde a outra senhora e desde o fim da II Guerra Mundial aparecem-nos notícias que o modelo caricatural um computador Magalhães com imagens de mulheres semi-nuas é censurado porque uma pu(t)ritana se chibou da brincadeira. Porque achava que era contra a Lei? Não, como se veio a verificar que não era. Porque NÃO GOSTOU e ameaçou o Presidente da Câmara de Torres Vedras que se não tirasse se chibava.

Semanas depois chega-nos a notícia que, numa Feira do Livro em Braga, cópias do livro "Pornocracia" foram apreendidas por este ter na capa uma reprodução do quadro de Courbet "A Origem do mundo" a representar o sexo desnudado de uma mulher. Isto porque alguém achou que aquilo era pornográfico e não era próprio e então foi-se bufar à bófia.

Estas pessoas que se chibaram, fizeram-no porque conheciam a lei? Porque achavam realmente que os conteúdos em causa eram ofensivos e perturbadores da ordem segundo a lei? Porque sabiam que era aquilo o correcto a fazer-se numa sociedade como a nossa?.

Não.

Fizeram-no porque são uns chibos. São a merda de uns chibos da PIDE sem educação, cultura, bom senso ou inteligência. Consumidos pela inveja e pequenez que caracteriza um bom chibo.

Afinal temos qualidades, e reconhecidas internacionalmente como hoje veio no Diário de Notícias.

P.S. É pá, não me venham com merdas de que temos outras qualidades e que eu sou é um bota-abaixo e que devia era enaltecer... blá, blá, blá... o blogue de hoje é sobre chibos, certo?

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

Notícia panisgas do dia

Com a iminente volta da questão do casamento homossexual ao parlamento a Conferência Epsicopal Portuguesa conta armas no combate à rabetice e deixa um recado:

“Os cristãos, seguramente, tomarão as suas conclusões, porque não é fiável quem se mete por estas aventuras, em que a sociedade fica exposta a feridas, que são profundas”,


A Santa Madre Igreja nunca terá ouvido falar nos efeitos benéficos... da vaselina?

Bem hajam

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

Argolas e verborreia inane

O Homem social (ou seja, sem ser o Homem em grupos de amigos ou família cujos laços emotivos estão acima de padrões individuais que se repetem, portanto mais heterogéneos) tem a tendência para se reunir automaticamente em grupos de interesses comuns. Seja num sentido mais lato, interesse clubístico "o grupo de adeptos do Benfica", seja num sentido mais estrito. no caso das "tribos urbanas", os metaleiros, góticos, rastafaris, etc.

Estes grupos juntam-se segundo uma comunidade de interesses. A música, um ideal estético, um ideal libertário, o que seja. Normalmente esta união causa uma espécie de necessidade de demarcação estética dos restantes membros da sociedade em geral ou de outros grupos de interesse.

É perfeitamente natural que essa demarcação se dê no impacto imediato do olhar, logo esta individualidade em grupo reflecte-se necessariamente em como determinado grupo de veste.

Os metaleiros vestem de preto, usam cabelo comprido, os Góticos a mesma coisa mas usam rendas e bijuteria, os rastafaris... usam rasta (e fumam ganzas). O pessoal do metal mais extremo ou dos góticos mais empedernidos vestem-se com um rigor mais aprumado e barroco. De uma maneira redutora (que há-de servir de argumento para a tese seguinte), quanto mais metaleiro ou gótico, mais a vestimenta se destaca.

O Metaleiro clássico "Old School" não se coíbe de usar calças apertadas, botas da Reebok e os coletes de ganga com os patches de Sodom, Kreator, Destruction, Motorhead e Iron Maiden por todo o lado que sobra de azul do colete. O metaleiro menos radical limitar-se-á a usar uma T-Shirt de Iced Earth e há muito que cortou o cabelo.

O gótico mais radical usa maquilhagem, camisa de renda, uma loja de bijuteria em cima e a namorada com uma trela ao pescoço (a sério, não estou a brincar), aos mais discretos basta um pequeno pentagrama ao pescoço.

Depois... Há as gajas das argolas.

Nunca percebi que tipo de interesse partilham as gajas das argolas... Mas que existe um padrão que se repete por um grupo de gajas na sociedade, existe.

As gajas das argolas são aquelas gajas que usam argolas gigantescas nas orelhas, daquelas que dá a sensação que falta lá um papagaio. Junta-se a isto o cabelo escuro platinado de loiro (normalmente curto, com madeixas e raízes à mostra) o betume na cara a tapar as borbulhas, as sobrancelhas perfeitas (dá-me a impressão que elas rapam aquela merda depois desenham por cima), bijuteria dourada e vestem-se normalmente de napa branca ou vermelha e botas de matar baratas nos cantos.

Ora se há um padrão estético que se repete, há-de haver um interesse comum que para mim sempre se revelou obscuro (ok, o simples mau gosto é a causa principal mas acho que há mais que isso).

Hoje à noite, à espera do autocarro, estava na paragem uma dessas personagens. Nos 20 minutos que estive à espera conseguiu não se calar um minuto, quase sem respirar, em tom acelerado, na mesma semi-tonalidade esganiçada de quem está absolutamente convicto do que diz...

Do que falava?

Absolutamente NADA. Foram talvez os 20 minutos de discurso mais inane e repetitivo acerca de coisa nenhuma que já ouvi.

O discorrer, mal lexicado e sintaxado, de uma pasmaceira gramatical acerca do mais banal quotidiano, na sua aperfeita execução.

E aí vi... Aquelas argolas enormes, gigantescas, brilhantes, a abanar nas orelhas, ainda com penas de papagaio a esvoaçar à volta...

E seguindo o raciocino apresentado anteriormente, descobri que o tamanho das argolas que as gajas com betume na cara usam é paralelamente proporcional ao tamanho das argolas que penduram nas orelhas...

Bem hajam.

terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

F*da-se

Hoje de manhã, na rotina diária de sair do comboio, rodeado do ruído de fundo que é a massa amorfa de desconhecidos que me acompanha diariamente na eterna viagem a que estamos fadados pelas obrigações laborais, percebi que o que mantém a sanidade mental do português é tão somente esta inflexão verbal imperativa, sufixada pelo pronome indefenido, muitas vezes tida como certa e insignificante:

"Foda-se..."

Ao chegar à porta de saída da estação de Campolide, no gesto automático de resposta à chuva que caía lá fora, os inúmeros e insuspeitos transeuntes começam a tirar os seus guarda-chuva. Mas reparo que há um que o faz sem antes olhar com um ar enfadado para o céu e, antes de abrir o chapéu para se diluir na chuva quotidiana, deixa soltar um "Foda-se"

O "foda-se" dito por aquele homem é uma espécie de grito de revolta para com a sua situação. Não será um caso em que aquele "foda-se" o ajude a ficar menos molhado, a aturar os colegas de trabalho, a tirar-lhe o par de cornos que a mulher provavelmente lhe anda a pôr ou a evitar os despedimentos em massa na empresa, e que o irão provavelmente afectar. Mas a diferença entre aquele homem e todas as outras pessoas que automaticamente abriram o guarda-chuva sem pestanejar é que provavelmente, no limiar que o separa entre o último reduto que o liga a casa (linha do comboio) e a escravidão a que está votado diariamente (percurso para o trabalho), aquele "foda-se" é um último reduto de sanidade mental que lhe permite sobreviver mais um dia.

Por isso, vou fazer como aquele homem e: "foda-se" este tempo, "foda-se" este país, que se foda tudo o resto.

P.S. E há rituais que não só nos mantém sãos como nos salvam e limpam a alma. O "rir com" eterno que nos segura com certeza ao que vale a pena, "foda-ses" à parte.

Bem hajam. Foda-se!

quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

Esta vida de rocker

Depois de um ano e meio de pasmaceira musical eis que me vejo de repente rodeado de projectos de um lado e de outro. Para uma breve resenha de todos os projectos onde estive e estou envolvido, aqui vai:

Iniciei-me nestas andanças do Netlog há dois anos para divulgar o projecto de rock progressivo Profusions, entretanto extintos, pouco tempo depois de sair:

http://myspace.com/profusions

Desta banda surgiram dois projectos em que participei activamente no último ano.

O Guitarrista André Afonso recupera os Falling Dusk com um álbum de regresso onde fui convidado de uma música, tendo gravado na íntegra o 2º álbum que está na fase de pós produção neste momento:

http://myspace.com/fallingdusk

O vocalista Miguel Xisto cria o projecto a solo Shaleview onde gravei todos os temas da maquete de apresentação, com músicas que podem ouvir em:

http://myspace.com/shaleview

Para variar das guitarras distorcidas, o projecto QUID que já existe há cerca de dez anos pela visão de Luís Santos e já teve várias metamorfoses, é neste momento um projecto de pop electrónico alternativo, no qual marco presença nalgumas músicas.

http://www.myspace.com/quidpt

Mas no meio destes projectos todos não está a minha actual banda, da qual sou o baixista actual e residente. Um projecto de rock inovador, cantado em português, finalista das "TMN Garage Sessions" de 2008. Sediados na Margem sul, com músicos que conheço e com quem toco desde que sei ter um baixo às costas, é o meu regresso a casa e às minhas origens musicais.

Os Okinox

http://www.myspace.com/okinox

Estamos neste momento em fase de pré-produção, prestes a entrar para estúdio e com novidades para breve. Espero-vos numa rádio ou festival perto de si!

quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

Um monte de sarilhos

A Igreja portuguesa vai-nos presenteando, volta e meia, com pérolas de tradição. Desta vez foi Dom José Policarpo, cardeal patriarca de Lisboa, que nos ofereceu a sua casta eloquência.

E a deliciosa expressão, "monte de sarilhos" para descrever o que as jovenzinhas europeias, brancas, cândidas e puras encontram quando se casam com muçulmanos e não lá para o país "deles", é a mais pura das tradições da candura da língua portuguesa.

Rapariga, cuidado com os amores, não te metas em sarilhos.

Basicamente o que "meter em sarilhos" quer dizer neste contexto é que se andas a comer monhecas e te apaixonas tás fodida da vida que ele enfia-e numa burka e leva-te para uma gruta no Afeganistão para o resto da vida, pelo que ficarás bem melhor com um cristão católico que se embebeda que nem um cavalo e te vai aos cornos por desporto do que um desses irmãos mais escuros e intransigentes.

Resta ao cardeal patriarca definir o que é o "país deles" e quem são "eles": Talibãs do afeganistão os Turcos, que por acaso até vivem na união europeia e até têm uma tradição considerável de pornografia amadora... Curioso também quando diz: "Mas é muito difícil porque eles não admitem sequer [encarar a crítica de que pensam] que a verdade deles é única e é toda". ao que qualquer pessoa com dois dedos de testa responderá...

"Significa então que a verdade da igreja católica é muitas verdades e falta-lhe um bocadinho?"

Mas depois vemos na notícia que estas declarações foram proferidas no Casino da Figueira numa tertúlia (bem regada?) chamada 125 minutos com Fátima Campos Ferreira"

Para não considerar estas observações do cardeal mais uma patetice acéfala dos representantes da Igreja em Portugal vou ver a coisa como um momento de boa disposição de Dom José, imaginá-lo a tecer estas considerações com um sorriso irónico nos lábios e aconselhá-lo a ver mais pornografia turca no youramateurporn, e ajudá-lo a perceber que um cumshot é igual para irmãos muçulmanos e cristãos.

PAZ. entre as nações e religiões deste país.