Ainda a propósito deste artigo atrasado mental do António José saraiva no Sol, há uma coisa que me faz impressão.
O que eu acho piada é toda a minha gente vir bradar por uma austeridade soviética numa economia de mercado capitalista.
"Não gastem em coisas supérfluas..."
Amigos, toda a economia de mercado baseia-se em coisas supérfluas. sem coisas supérfluas não há economia de mercado, há comunismo.
Sem telemóveis, playstations, automóveis novos de 5 em 5 anos, 17 lojas de roupa para vender 35 versões de uma saia em 9 tecidos diferentes, não há economia de mercado.
Sem economia de mercado não há pequenas e médias empresas de sabonetes de 23 cheiros, nem molduras maricas para fotografias de férias tiradas por 24 máquinas fotográficas de 18 marcas diferentes com 180 resoluções diferentes guardadas em 130 tipos de computadores com 45 tipos de chipsets diferentes para 3 sistemas operativos. Não há jogos de computador, bicicletas, material de desporto, internet, restaurantes com 1900 maneiras de cozinhar bacalhau regadas a 90 tipo de vinho tinto.
A esquizofrenia autofágica dos princípios liberais levaram-nos à autodestruição e agora clamam por austeridade? Por contracção do consumo?
Querem o quê? Pão, água e cuidados de saúde básico? Querem Cuba? Agora uma austeridade cubana e soviética já parece bem?
Vão-se f*der todos, a sério...
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Estou-me nas tintas para a tua opinião...