Chegámos ao fim de 2010. Todos os anos deixo uma mensagem de fim de ano que versa mais ou menos acerca da mesma coisa. mas o que é facto é que ainda está para provar o acontecimento que me contradiga.
Foi mais uma volta que este estúpido e redundante calhau com água, musgo e bichos faz em volta da fornalha atómica que o aquece. Estamos quase a voltar exactamente ao mesmo sítio onde estávamos há exactamente um ano atrás. Prova mais evidente da redundância da existência humana, em minha opinião, não há.
Somos mónadas
(*som de grilos enquanto se ouvem sons de teclado a escrever na caixa de busca do google. Os Leibnizianos esperam o que daqui vem)
A nossa individualidade cumpre-se inexoravelmente na liberdade necessária de o fazer. No entanto ao olhar para trás neste ano, vejo que nesta bolha fechada de existência entraram dois ou três acontecimentos que, mesmo que metafisicamente não interponham nada à tese de Lebniz, romperam a impermeabilidade desta mónada. Por isso, vai-te f*der Godofredo.
Mesmo redundante, são pequenos acontecimentos que nos sobressaltam de vez em quando a existência e a tornam um pouco menos vulnerável ao tédio sádico do cosmos que nos conduz como cavalinhos de carrocel.
Agradeço a quem me fez de vez em quando saltar do cavalinho.
De resto, foi o ano em que fui mestre e que gravei um álbum que ficou na gaveta.
Para o ano só tenho certo que o IVA vai aumentar e que se irão cumprir todas as previsões apocalípticas do Medina Carreira. Para isso só falta chegarmos à meia noite de hoje: Portanto preparem:
A carteira
O estômago
O fígado
Uma agenda
Um tubo de vaselina
Uma embalagem de pílulas do dia seguinte
Dois comprimidos de Guronsan
O vosso psicanalista
Genéricos de Fluoxetina
Uma arma descarregada
Balas
O vosso advogado
Dito isto, desejo a todos uma boa entrada na próxima volta do carrocel.
Eu desta vez quero ir dentro da chávena gigante! :)
ResponderEliminarBom ano para ti também!
Carla
E eu apeada no Flamingo!
ResponderEliminarFeliz Ano Novo Humberto!
Joana
Bom ano, pá!
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