Com a aproximação do Natal e do fim do ano começam as trocas de e-mail e as postagens nas redes sociais de mensagens e imagens de boas festas. No Natal, os poucos cristãos que por aqui andam, pelo menos aqueles ainda com a coragem de se assumirem quanto tal, ainda vão lembrando os restantes que a época tem essencialmente a ver com a comemoração do nascimento de um tipo judeu que há dois mil anos tinha uma mensagem de paz para a humanidade. Basicamente, o nascimento de um tal tipo judeu que, como ninguém lhe ligou pevide, deixou-se pendurar numa cruz num acto de altruísmo masoquista e morreu pelos pecados daqueles que não os assumiram.
Só que, acto contínuo, a humanidade esteve-se nas tintas, encolheu os ombros e continuou a sua vidinha. O judeu fartou-se, ressuscitou três dias depois e pirou-se para onde veio e nunca mais ninguém ouviu falar de tal criatura. Dos que cá ficaram, aproveitaram-se da estória e pegando num obscuro ritual pagão elevaram o simbolo do nascimento do judeu masoquista a ritual teísta reciclado que serviu de desculpa para arrastar a humanidade para mil anos de trevas e domínio homicida.
Hei, mas ao menos todos levam um par de meias novo a cada inverno.
Mas chega de exegese alternativa. Como pagão que sou, comemorei o solistício de inverno como deve ser. Com Baco à porrada com Dioníso numa taberna, devidamente representados por duas garrafas de vinho e o meu fìgado.
Para os restantes não cristãos e não pagãos a aldeia global, a simbologia da época queda-se pelas habituais mensagens cibernéticas de festas felizes e próspero ano novo, normalmente ilustradas com bonecada pobremente amanhada em lettering mal desenhado por fracas competências em photoshop. Um dos clichés mais recorrentes é o de Ano Novo, Vida Nova, ou o sempre inovador um "ano cheio de paz e prosperidade". OU então a sempre esperançosa "Que 2012 seja melhor que 2011"
Retenhamo-nos no conceito de ano novo. Um ano que substitui o velho. Um velho que deixa o lugar a um ano novo, que está prestes a nascer.
Só que, acto contínuo, a humanidade esteve-se nas tintas, encolheu os ombros e continuou a sua vidinha. O judeu fartou-se, ressuscitou três dias depois e pirou-se para onde veio e nunca mais ninguém ouviu falar de tal criatura. Dos que cá ficaram, aproveitaram-se da estória e pegando num obscuro ritual pagão elevaram o simbolo do nascimento do judeu masoquista a ritual teísta reciclado que serviu de desculpa para arrastar a humanidade para mil anos de trevas e domínio homicida.
Hei, mas ao menos todos levam um par de meias novo a cada inverno.
Mas chega de exegese alternativa. Como pagão que sou, comemorei o solistício de inverno como deve ser. Com Baco à porrada com Dioníso numa taberna, devidamente representados por duas garrafas de vinho e o meu fìgado.
Para os restantes não cristãos e não pagãos a aldeia global, a simbologia da época queda-se pelas habituais mensagens cibernéticas de festas felizes e próspero ano novo, normalmente ilustradas com bonecada pobremente amanhada em lettering mal desenhado por fracas competências em photoshop. Um dos clichés mais recorrentes é o de Ano Novo, Vida Nova, ou o sempre inovador um "ano cheio de paz e prosperidade". OU então a sempre esperançosa "Que 2012 seja melhor que 2011"
Retenhamo-nos no conceito de ano novo. Um ano que substitui o velho. Um velho que deixa o lugar a um ano novo, que está prestes a nascer.
Pois bem, esqueçam todos os clichés.
O Ano que aí vem já está morto. 2011 fez o favor de o estrangular no ventre. 2011 foi um pai bêbedo que espancou a mãe e cortou o acesso de oxigénio ao filho. 2012 virou dentro da mãe e enrolou o cordão umbilical à volta do pescoço. Já deixou de receber oxigénio há uns 4 meses e basicamente vai nascer um vegetal ou um atrasado mental. Mais ainda, sendo filho de um calendário cristão não o podemos abortar. 2012 vai crescer com insuficiências físicas e mentais graves e vai agonizar até ao fim da sua vida. Mais ainda, como também não vai usar contraceptivos irá gerar um filho igual. Também não auguro nada de bom para 2013.
Que podemos nós fazer? Nada. A não ser tratá-lo o melhor possível dado a sua condição. Mas a verificar pelo passado, o mais provável é que o deixemos cair de cabeça no alcatrão.
E para aqueles que de sobreaviso criam mensagens como esta:
2012 vai ser o filho vegetal em que ninguém vai poder desligar a máquina.
Deal with it. Medina Carreira style.
Bom ano novo!